Dois Heróis da Intelectualidade Católica no Brasil
- Daniel Jorge Marques
- 16 de abr. de 2023
- 2 min de leitura

Carlos de Laet, o Conde de Laet ao lado de Dom Silvério Gomes Pimenta, primeiro Arcebispo de Mariana, na Academia Brasileira de Letras em 1920.
Ambos foram importantes intelectuais Católicos Brasileiros.
Dom Silvério Gomes foi primeiro prelado eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Dom Silvério foi Professor, orador sacro, poeta, e biógrafo. Nascido em 1840 em Congonhas, Minas Gerais. Aos vinte e dois anos foi sagrado Sacerdote, e logo depois foi enviado à Europa onde se encontrou com o Papa Pio IX, que se impressionou com sua erudição.
A personalidade literária de D. Silvério ficou marcada por seus livros e cartas pastorais, gozando o arcebispo acadêmico da fama de poliglota, conhecedor que era do Latim, Grego, Hebraico, além das línguas vivas que usava correntemente. Em 1873 Silvério funda o periódico religioso "O Bom Ladrão", espaço onde derramava a doutrina cristã, desfazia mentiras e calúnias que eram direcionadas à Igreja Católica e pregava o fim da Escravidão, que definiu como: "domínio azo para o abuso e a violência"
Publicou poesias em Latim. Sua obra maior é a Vida de D. Viçoso. Como jornalista, D. Silvério fundou e dirigiu, em Mariana, O Bom Ladrão, O Viçoso, O D. Viçoso e o D. Silvério, editados sob sua orientação e dirigidos pelos padres Severiano de Resende e Luís Espechit.
Os versos latinos, as cartas pastorais e os artigos na imprensa granjearam-lhe fama, sendo comparado ao padre Manuel Bernardes e a Frei Luís de Sousa. E foi esse renome que o levou à Academia Brasileira de Letras.
Carlos Maximiliano Pimenta de Laet (1847-1927), foi um jornalista, professor e poeta brasileiro.
Laet deixou uma deixou uma vasta produção de páginas sobre arte, história, literatura, crítica de poesia e crítica de costumes entre 1876 a 1925 na Impressa.
Por suas convicções monarquistas sofreu perseguição também em 1893, por ocasião da revolta da Armada. O jornalista refugiou-se então em São João del Rei, onde dedicou-se a escrever o livro "Em Minas".
Carlos Laet também foi um dos maiores intelectuais católicos da história do Brasil, presidente do Círculo Católico da Mocidade, sendo-lhe conferido pelo Papa Pio X o título de Conde de Laet, após escrever mais de 3000 artigos e livros contra o protestantismo e a favor do ultramontanismo, como os títulos: "Heresia protestante ; polemica com um pastor presbyteriano" e "O frade estrangeiro" foi Laet que publicou no Brasil pela primeira vez a famosa encíclica "Rerum novarum" do Papa Leão XIII, sobre a doutrina da Igreja na questão econômica.
Por sua militância Católica, Laet ganhou o apelido de "Jararaca de Sacristia" por seus colegas anti-clericais da Academia Brasileira de Letras, que ajudou a fundar em 1897. Carlos de Laet faleceu em 1927 aos 80 anos de idade. Fonte: História do Catolicismo no Brasil - volume II: 1889-1945. Dilermando Ramos Vieira/O pensamento católico no Brasil. Antonio Carlos Villaça.
Comments