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Militância e a Esperança Orleanista

Atualizado: 26 de abr.

Por Nicolas Casagrande, membro do Núcleo Estadual de São Paulo

Parte I

A Esperança e o Cristianismo


Introdução

A virtude da Esperança


Primeiramente, é fundamental analisar como cristãos a virtude da esperança, tão bem tratada por nossa filosofia e teologia, revista e defendida por nossa doutrina e história, como filhos e filhas de Deus, Nosso Senhor. Nossa Santa Igreja, iluminada pela luz do Espírito Santo, e pela confirmação do mesmo, estabelece através da Sagrada Escritura, do Magistério e da Santa Tradição, os Dons e Virtudes do Espírito Santo. Os dons são: a Piedade, Entendimento, Sabedoria, Ciência, Temor de Deus, Coragem e Conselho. E as Virtudes: a Fé, a Esperança, a Caridade, a Temperança, a Justiça, a Fortaleza e a Providência. De todos os séculos e séculos, do nascimento do gênero humano, até os dias atuais, Deus Pai Todo Poderoso, proporcionou a seu povo todas estas Virtudes, recebidas através do Espírito Santo, em especial, a Esperança. E como prova de tamanho amor, e possibilidade desta e tantas virtudes para com o gênero humano, enviou Deus, seu Único Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que em expiação a nossos pecados, e em confirmação da esperança, aqueles que por seus méritos, a luta contra o pecado, a fé em Deus e Sua Divina Providência, a guarda dos bons e únicos valores, depois da tardia vida, serão saudados e terão sua esperança confirmada: o Reino dos Céus. Ora, como cristãos, o centro de nossas vidas, em todos os campos, desde os emocionais aos cívicos, políticos e econômicos, deve ser Cristo, e sua esperança em confirmação. A esperança do Cristão, é esperançar e ter certeza da Vitória de Cristo contra o Pecado, da Providência e Misericórdia Divina, de suas obras e da Salvação de seu Povo, como nos foi confirmado.


Em contraponto, no campo filosófico, Zenão, do Chipre, em época que a Grécia e o mundo, não haviam sido iluminados com a Luz de Cristo, fundara oque chamamos hoje, em nossa civilização o estoicismo. Escola filosófica essa, que quando aderida ao Cristianismo, nos dá a resposta para a pergunta de todo o Povo de Deus por tantos anos, de quais seriam os motivos para a esperança. Dizem os ateus de forma provocativa que as desgraças do mundo, tais como a fome, as guerras e as doenças, são culpa, ou vista grossa do Senhor, se é que ele existe. Afirmo, no entanto, que todas essas desgraças, consequências diretas do pecado, também da falta de fé e da falta de esperança do gênero humano, em confiar em Cristo e Sua Igreja, que após tantas tribulações, pecados e tentações, a Cristandade sobreviverá. É portanto, papel de cada cristão, enquanto indivíduo, guardar e ter a virtude da Esperança, na Fé, em Cristo e na Igreja, pois:


“Bem aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” São Mateus 5:4


Parte 2

Os Soldados de Cristo e a Esperança


De maneira histórica, desde a vinda gloriosa de Cristo á humanidade, seus seguidores foram alertados pelo Próprio, de sua perseguição, diante da perdição daqueles que juram ver o Nome do Senhor acabado, sua Igreja, seus Ideais destruídos. Por prova disso, após a morte de Cristo, os primeiros cristãos, foram tratados como animais, bestializados, apenas números que eram uma ameaça ao Império Romano. Por conta disso, o efeito contrário aconteceu, e os primeiros cristãos que não negaram sua fé, por primeiro plano foram vistos como mortos, mas pela história, sua esperança na salvação, e na vitória de Cristo sobre o pecado e ódio dos perseguidores, os tornaram mártires. De maneira análoga, após tantas chicotadas, torturas, afogamentos e agressões, os primeiros soldados de Cristo tiverem esperança desde sua conversão até sua morte, e os que sobreviveram, tiverem esperança que se encerrariam as perseguições, e que Cristo reinaria sobre o Império Romano, e novamente a larga esperança foi concluída, e com a conversão de Constantino I, o cristianismo vencera sobre a Europa.


Novamente sobre a história, diversas outras vezes o Cristianismo fora perseguido, porém a luta de cada cristão, soldado individual pela fé, sobressaiu de todas as amarras da desgraça dos perseguidores. Depois do estabelecimento do Cristianismo no Império Romano e as invasões barbaras, as quais, continuamente foram se convertendo e se subjugando perante a Igreja de Cristo, a Europa começava seu processo de nascimento. Desde o Reino Franco, os Reinos e Províncias Ibéricas, os Reinos Germânicos, Reinos Ducados e Principados Itálicos, dentre eles a Sede Terrena da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob autoridade religiosa e política de Sua Santidade, o Papa Vigário de Cristo, a constante presença de heresias e formações de grupos políticos as quais as representavam, iniciaram um grande período de necessária esperança para a Cristandade. Com o próprio Clero muitas vezes entregue as heresias como o Arianismo, a perseverança dos cristãos, em professar a verdadeira fé, e que seja cumprida a promessa de Cristo, “Non Praevalebunt”, estendeu-se. Sob a autoridade Papal, os Concílios e Reuniões Pontifícias, foi-se firmando o Ideal Católico, agora segura, mantendo-se livre, até o momento, ideologicamente das heresias.


Podemos dizer, ainda, que por diversas vezes, “ser cristão, é ser perseguido. E a perseguição nutre a esperança”. E esta luta continuou em toda Cristandade, a perseguição contra aqueles que migrariam para as Terras Santas de Jerusalém, e a necessidade das Cruzadas, a perseguição de Estados Protestantes aos Católicos e reais seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos católicos realistas perseguidos pela Europa pelo Modernismo demoníaco da Revolução Francesa, dos católicos perseguidos pelas ideologias originárias da Revolução de Satanás, como os mártires espanhóis na Guerra Civil, como os mártires russos, ambos perseguidos por causa de ideologias satânicas.

O que conecta todos os cristãos, nesta luta contra o mal, além de professar a mesma fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, e sua Santa Causa, é a Esperança na promessa de Cristo a humanidade.


Parte 3

A Esperança enquanto Orleanistas


Para nós, Orleanistas, católicos e realistas da Terra de Santa Cruz, o Brasil, herdeiros do Legado Hispânico, da resistência dos católicos portugueses, em professar a Fé ao ocuparem estas terras, a resistência dos carlistas na defesa do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, e descendentes diretos do Legado da “Vendéia Brasileira”, os Mártires de Canudos, precisamos permanecer, independentemente de todas as dificuldades e subversões contra a Nossa Fé, firmes na promessa de Cristo.


Contra nós, luta o demônio e todas as forças infernais. Em terra, contra nós luta a Maçonaria, o Sionismo, as Sinagogas Satânicas, e as falsas ideologias, o liberalismo e o comunismo, recentemente restaurado sobre nossa terra. A perseguição começou, desde que Cristo avisara, sereis perseguidos. Porém, somos bastiões do catolicismo em nossa terra, e mesmo se os últimos de nós cairmos, ou se necessário, morrermos, diante das profanidades, nossa Causa estará viva, pois:

“Ele ressurgiu dos mortos, venceu o pecado, e venceu a morte”.

Se em cada casa, cada paróquia, cada cidade, cada município, cada estado, cada região, estiver ao menos um vivo, nossa luta jamais terminará, e continuaremos sendo bastiões da esperança na Terra de Santa Cruz.


Por Deus, pela Pátria e Imperador,
Viva Cristo Rei e a Virgem de Aparecida!

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