A Virgem das Dores: a Infalível prova da co-redenção de Maria
- Jefferson Santos
- 6 de jan. de 2024
- 4 min de leitura
Escrito por Casagrande

É comum aos ataques de seitas e heresias protestantes, que acusam a nós, católicos, de sermos "idólatras" e retirarmos o papel da Salvação de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao defendermos substancialmente que a Virgem Maria é a Corredentora da Salvação.
Ora, dentre destas atrocidades, existe uma verdade: a Igreja afirma desde sua instituição por Nosso Senhor até os dias atuais, que a Virgem Maria é a Corredentora, e depois de Jesus Cristo, a principal no projeto de Salvação.
Parte I: A Imaculada Conceição e as Dores de Maria
"Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."
-Gênesis 3,15
Pois bem, como é cabível de afirmação, "nada puro sai de algo que é impuro", é necessário o entendimento que, Jesus Cristo, sendo A própria Pureza, pois, Jesus é Deus, seria impossível, pelo plano salvífico do Pai, que este viesse ao mundo, através de uma alma manchada pelo pecado original. Mas, como esta frase se aplicaria a Maria?
Ora, se Deus é, sumamente perfeito, e para Ele, nada é impossível, vide Lucas 1:37, não seria possível, após condenada toda a descendência de Adão e Eva ao pecado original, preservar uma só alma desta mancha terrível? Pois bem, e quem melhor seria de ser preservada desta mancha, se não a Virgem Maria? Pois Cristo, não precisaria desta preservação, pois Ele e o Pai são um ( João 10:30).
Deste modo, sendo a Virgem Mãe, preservada da mancha do pecado, também seria preservada de seus desastrosos efeitos, sobretudo o primeiro, as dores do parto. Como ensina a Santa Mãe Igreja, as dores do parto da Virgem Maria, não foram, em prática, poupadas, mas adiadas, e multiplicadas.
Afinal, quem dentre toda a descendência de Eva, precisou portar, ter, criar, cuidar, amamentar, e depois ainda, ver sendo preso, esbofeteado, chicoteado, flagelado, maltratado, crucificado e assassinado, o próprio Deus, seu Filho?
Pois bem, nenhuma delas, a não ser a Nova Eva.
Jesus, em toda a sua vida, como provam as Sagradas Escrituras, não chamou a sua Santa e Virgem Progenitora, de "Mãe", mas sim, de mulher. Mas, que mulher?
A mulher que criaria inimizade entre sua descendência, e a descendência de Satanás, a mulher com doze estrelas em sua coroa, e a lua abaixo de seus pés. E no ápice da Salvação, na Cruz, Ele nos entrega Maria como Mãe.
"Eis aí a tua mãe"
-João 19: 25-26.
Parte II: Maria e a Salvação
"A Virgem Maria é a causa da nossa salvação"
-Santo Irineu de Lyon
Contra as Heresias, livro 3, cap. 22, n.4.
É necessário de entendimento de todos os católicos, que Deus, Infalível de conhecimento, sabia da inclinação humana ao pecado, pois bem, Adão e Eva, foram dotados do dom de escolher: amá-Lo ou traí-Lo. Deus então, sabendo que a humanidade cairia, na maldição que lançou aos pais da humanidade, já dizera, que colocaria inimizade entre ambas as descendências: a descendência de Maria, Jesus Cristo. A descendência da serpente, os demônios, os pecadores.
O plano de Salvação, foi criado da mesma maneira que a humanidade. O Cristo, sendo Deus, procedendo eternamente do Pai, portanto, "antes de tu seres, Eu Sou". Portanto, quando Deus já firmara o projeto de Salvação, em seu Filho, na Cruz, Ele também já firmara o papel Corredentor de Maria.
Sabemos, por princípio, que a Virgem Maria é posterior a Deus, e isso é fato, pois Deus é Eterno, e se sobressai ao tempo, pois o tempo é posterior a Ele, mas a necessidade do Emmanuel, o Deus-Conosco, proceder de uma Virgem, sendo preservada desde a criação de sua alma da originalidade do pecado, vem junto a criação da Salvação. A Virgem Maria, sendo a Mãe de Deus, precisou portanto, gerar ambas as naturezas de Deus, unicamente, fisicamente e perfeitamente unidas: a humana e a divina. Pois Jesus, é o Deus-Homem. Maria gerando a pessoa divina de Deus, não seria anterior a Ele?
Não! As graças a Virgem, não dependem dela, não dependem da graça de sua própria bem-aventurança, mas do motivo desta ser bendita, O Fruto de seu ventre: Jesus Cristo.
Portanto, provamos o seguinte:
-Jesus Cristo é perfeitamente Deus e Homem, O Homem.
-Maria é perfeitamente Mãe de ambas suas naturezas.
-Jesus é a Salvação
-Maria é a Mãe da Salvação.
Parte III: A Virgem Maria e a Paixão de Cristo
Maria acompanhou seu Santíssimo Filho, assistindo suas alegrias( gozos), suas dores( paixão) e sua glória( ressurreição), acompanhando diretamente todo o projeto de Salvação.
Cristo, sendo perfeitamente homem, como homem foi tentado, no deserto( Lc 4, 2), na sua Via Dolorosa e na Cruz( Mt 27: 31-53). Deus-Homem, poderia portanto, cair em tentação? Sabemos que não, pois Deus é perfeito, e mesmo tendo sua natureza humana tentada, não poderia abandonar o plano salvífico. Mas além disso, algo, ou alguém, confortava O Cristo naquela Cruz: A Virgem Maria.
Sem proferir uma única palavra, Maria tomava todas as dores que Jesus desgarrava em sua carne, e as colocava no coração, e como a profecia dizia( Lc 2, 35), uma espada transpassava seu coração. Jesus, mesmo tentado, tinha um conforto: sua Mãe. Seu olhar trêmulo, seus olhos vermelhos de tantas lágrimas, seus soluços encobertos de tantas dores, a Virgem quase desmaiava, e os gritos de Seu Filho, amassavam sua Alma. Um Coração Sagrado, que foi feito e esculpido pelo Pai, apenas para amar a Humanidade, de qual brotava o Sangue da Salvação e a Alma da Limpeza. Um Coração Imaculado, que foi criado por Deus, para dali, nascer a Salvação do Mundo. Corações amassados, destruídos e amassados pelos meus, seus, e todos os pecados. E por quê? Se ao vermos as dores do Filho, suas chagas abertas, sua face desfigurada, suas costas e pele arrancadas, sua gordura exposta, seus ossos aparentes, não bastam para te deixar de pecar, pois olhe a Mãe. A mulher do Apocalipse, e de Gênesis, que segurou Seu Filho nos braços, amamentou, educou, ensinou a andar, teve de segurar, depois de tantas horas de sofrimento Seu Filho, depois de ser descido da Cruz. Não era mais Seu Filho a quem a Virgem segurava, era praticamente, um "pedaço de carne", um Cordeiro, que é imolado todos os dias, em todas as Santas Missas, para a nossa salvação. E se mil-vezes Jesus se sacrifica por nós, mil-vezes a Virgem Maria tem Jesus, em Belém, para nos redimir.
Portanto, a Virgem Maria é: Advogada dos Homens, Triunfadora dos Demônios, Corredentora da Salvação.
Viva a Virgem Maria,
Glória a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ação Orleanista,
Deus, Pátria e Imperador.
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